(…)
Um é magrelo
Outro é gordinho
Um é castanho
Outro é ruivinho
(…)
De pele clara
De pele escura
Um, fala branda
O outro, dura
Olho redondo
Olho puxado
Nariz pontudo
Ou arrebitado
Cabelo crespo
Cabelo liso
Dente de leite
Dente de siso
(…)
Tudo é humano,
Bem diferente
Assim, assado
Todos são gente
Cada um na sua
E não faz mal
Di-ver-si-da-de
É que é legal
Vamos, venhamos
Isto é um fato:
Tudo igualzinho
Ai, como é chato!
Tatiana Belinky
Esses trechos da poesia de Tatiana Belinky refletem bem uma das mais importantes qualidades nos tempos atuais: respeito. Respeitar a diversidade humana e valorizá-la é para os sábios, os preparados e aqueles se terão sucesso.
O mundo grita por respeito e valorização às diferenças! A empatia planta a dignidade e o amor. Somos únicos e, se pararmos para pensar o quão maravilhoso isso é, a vida será vista como a joia rara que é. De acordo com a ONU – Organização das Nações Unidas – somos quase 8 bilhões de pessoas neste planeta. Nenhuma delas é exatamente igual a outra. Não é fantástico? Isso deve ser celebrado a cada minuto!
O indivíduo bilíngue aprende que a celebração da vida e da diversidade é uma constante na nossa caminhada. Essa pessoa valoriza as diferenças porque aprende com elas. A diversidade cultural à qual uma pessoa bilíngue é exposta abre as portas de mundos novos que trazem mais aprendizado e desenvolvem um olhar mais empático, respeitoso e aberto diante do novo e do diferente. O indivíduo bilíngue entende que sempre há espaço para se aprender coisas novas e entender diferentes visões sobre um mesmo assunto. Ele tem a oportunidade de vivenciar culturas diferentes e até formas de pensar diferentes. Pessoas bilíngues são mais sensíveis culturalmente: veem, interpretam e avaliam coisas e situações de forma diferente, mais ampla e menos preconceituosa.
Uma boa forma de vivenciar isso em casa seria propor uma volta ao mundo por diferentes países. Realizem uma pesquisa juntos sobre esses países. Busquem informações sobre língua falada, comidas típicas, moeda, cidades mais importantes, como é a educação nesses países, etc. Que tal pesquisar receitas típicas e prepará-las com seus filhos? Uma boa coisa a ser feita seria estabelecer uma comparação entre esses países e o Brasil. Que tal? Uma outra ideia também seria ter um mapa do mundo e ir marcando os países visitados a cada mês ou semana… O calendário das viagens seria discutido entre vocês, colaborativamente.
Viajar é sempre muito bom, mas viajar com a imaginação é algo que fica na memória… memórias afetivas são eternas. Vamos pegar o passaporte?