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    “PaPaPa Pa..Pa-Pa!”

    “M ama m ama Ma-ma.”

    “Papai, eu quelo picoca.”

    “Mamae, vai botar sagolina no cauo?”

    “Eu fazi um desenho, vovó.”

     

    Você já ouviu seu filho falar assim ou algo parecido alguma vez? Lembra quando ele começou a balbuciar sons e pronunciar palavras? Poxa! Deve ter sido aquela alegria, não é? Quando nossos filhos estão aprendendo a se comunicar e começam a produzir sons, focamos na alegria daquele ato de comunicação verbal. Enchemo-nos de orgulho e de expectativas sobre que palavrinha nova ele vai trazer pra gente? Qual será a surpresa? Nesse momento, o nosso foco está na capacidade de comunicação que esperamos que nossos filhos desenvolvam. Não pensamos no erro. Eles acontecem. Porém, simplesmente repetimos a palavra de forma correta na conversa, mas não nos detemos nos pontos negativos desse erro. Para nós, o nosso filho está crescendo e se desenvolvendo, e isso é o mais importante. Estamos inundados de alegria. 

    Com todos nós é assim. Ainda no berço, começamos a separar os sons úteis para a comunicação, dos ruídos. Já estamos aprendendo o português, nossa língua materna. Levamos anos até sermos considerados proficientes e, mesmo adultos, muitas vezes, nos pegamos nos perguntando se a escrita de determinada palavra está correta, ou se aquele tempo verbal é o mais acertado naquele contexto.  São anos de imersão profunda no português. Convivemos com a língua materna quase que 24h por dia! E, mesmo assim, temos dúvidas e cometemos erros. 

    Quando aprendemos qualquer língua, não importa a idade, vivenciamos as mesmas fases de aquisição. Separamos os ruídos dos sons úteis àquela língua, arriscamos falar as primeiras palavras e cometemos erros. Os erros são necessários em qualquer fase de aprendizagem. Eles são o primeiro sinal de que temos uma característica essencial e maravilhosa ao ato de aprender: não temos medo de nos arriscar. E é essa coragem que nos leva a praticar, e praticar, e praticar. A escola não pode existir sem o erro. Se soubéssemos de tudo, não iríamos para a escola, não é mesmo? Erro e aprendizagem caminham lado a lado e é o erro que forma parte da base de uma aprendizagem significativa e consistente. A forma positiva como encaramos e acolhemos os erros desperta um ecossistema saudável e mais natural para aprendizagem. Aprender inglês numa sala de aula bilingue é como recomeçar quando aprendemos português: tudo é mais natural. Com a naturalidade vem a coragem para comunicar, porque a comunicação é o ponto essencial. Com a coragem, não encaramos o erro como um obstáculo, mas como uma parte natural do processo. E aprender é processo. Leva tempo, convida à coragem, à necessidade de abolir o medo do erro. 

    Não se preocupe se seu filho comete erros ao aprender a se comunicar em inglês. O erro significa que ele está se sentindo à vontade para arriscar. É como aprender a caminhar. Ao arriscar-se, ele pode cair, mas logo logo vai se levantar e voltar a caminhar. E o que vai ficar na memória é a sensação de missão cumprida, ao dar seus primeiros passos sozinho e chegar ao lugar desejado. O medo faz parte. O erro faz parte. No entanto, sem eles, não se chega ao lugar desejado. Encare o erro como algo necessário e fundamental porque é isso o que ele é. Lembre das primeiras palavras que ele pronunciou e de sua alegria. Olhe para ele agora e perceba a sua imensa capacidade de aprender. Foque no seu desenvolvimento. Quando tiver um tempo, sente com ele pra assistir televisão enquanto come uma picoca… Oops!!! Pipoca! Desculpa! Acho que você me entendeu, não foi?

     

    EXTRA!

    Tenta lembrar das primeiras palavras de seu filho em português. Conversa com ele sobre isso. Conta pra ele essas histórias e como vocês se sentiram quando ele começou a falar português!

     

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