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    Reconhecer e entender. Qual a diferença? Quando lemos algum texto, primeiro reconhecemos as letras – ou grafemas – e as associamos aos fonemas – sons que elas representam. Por exemplo, em inglês, as letras P e H juntas produzem um som que lembra o som da letra F em português. Reconhecer as letras e seus sons é uma habilidade de quem sabe ler. Compreender um texto vai além da habilidade de reconhecer as letras e seus sons e conseguir pronunciar as palavras. A compreensão perpassa os sentidos. Todos eles.

    Como assim? Compreender um texto envolve as habilidades de reconhecer as palavras, lê-las, interpretá-las e entender a história que elas contam. Reconhecer as palavras e conseguir pronunciá-las sem entender a mensagem que passam não preenche o objetivo da leitura e sua compreensão. A leitura caminha lado a lado com a interpretação de mundos: textual e real. A compreensão traz significado ao que se lê e acende o pensamento crítico, a curiosidade e a criatividade. Ela convida o leitor a querer mais. Ir além. Buscar saber mais para conseguir compreender mais. A compreensão de texto une as habilidades do século 21 porque ela dá sentido ao texto, ao que se aprende. Ela motiva a prática da reflexão e consequente mudança e crescimento naquele que lê.

    O desenvolvimento das habilidades linguísticas é essencial para a compreensão textual. Essa depende, também, da visão global e cultural da língua. Não basta ler as palavras, é preciso ter uma visão ampla sobre a cultura do falante daquela língua.

    Para compreender melhor um texto, precisamos levar em consideração alguns fatores:

    • Desenvolvimento de vocabulário
    • Valorização do conhecimento anterior do leitor
    • Habilidades para integrar e inferir
    • Conhecimento da estrutura e conexões da língua
    • Conhecimento de estrutura de texto

    Como se percebe, compreender um texto traz o desenvolvimento de muitas habilidades que se entrelaçam para dar sentido ao que se lê.

    Ao darmos sentido ao texto, criamos um modelo mental que descreve e integra os sentidos que vivenciamos e experimentamos ao vivermos. O texto passa a ser mais que a soma das palavras; ele se conecta, de alguma forma, com o leitor. Como se víssemos um filme em nossas mentes. Para que o leitor se sinta engajado com o processo de aprendizagem, é essencial que ele entenda o que lê e consiga fazer essas conexões mentais entre vida e leitura. Afinal, leitura é vida.

     

    “A leitura de mundo precede a leitura da palavra.”

                                                                                           Paulo Freire

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