Te Fiti, Te Ka, Maui, Moana… Esses são nomes que ficaram muito conhecidos a partir de 2016, quando o filme Moana foi lançado no Brasil. Uma história cheia de aventuras e músicas que empolgaram crianças e seus pais e ainda fazem o coração bater mais forte. Impactaram e marcaram. Durante o filme, a jovem Moana é escolhida pelo oceano para recuperar o coração de Te Fiti e colocá-lo de volta ao lugar de onde foi roubado. Maui, o semideus que rouba o coração de Te Fiti para presentear os humanos, em mais uma tentativa de agradar e se sentir respeitado, teme Te Ka, o monstro de lava, que surge a partir do momento em que ele rouba o coração de Te Fiti que o exila em uma ilha longínqua, até que Moana o encontra. No final do filme, descobrimos que não é Maui quem deve cumprir a missão e devolver o coração, mas Moana, a humana; Te Ka é ninguém menos que Te Fiti – a Terra – que, sendo desrespeitada ao ter seu coração roubado, se transforma em ira e fogo. Ao devolver o seu coração, Moana restaura o equilíbrio na Terra e pode voltar ao seu povo, onde passará a governar junto ao seu pai, dando-lhe uma visão mais moderna sobre como atingir o respeito entre o uso do que a Terra pode oferecer e como devolver o que lhe é tirado para a sobrevivência de seu povo.
Moana é uma ode à sustentabilidade. Vivemos tempos em que não podemos mais ter certeza sobre o clima e a natureza. Tudo o que foi pesquisado e descoberto até então, tem mudado devido o aquecimento global e as mudanças climáticas. Nunca foi tão necessário viver a sustentabilidade em cada passo, cuidado e pensamento no presente. Entender a nossa responsabilidade na preservação e respeito à natureza é uma missão planetária, abraçada pela educação na escola e nos lares. Devemos buscar entender e exercer nosso papel na preservação do nosso planeta. Devemos devolver o coração de Te Fiti. Nosso planeta está em erupção e devemos correr para tentar reverter, ao máximo, os efeitos da modernidade e do desenvolvimento sem pensar, por anos, em soluções sustentáveis. A hora de criar o equilíbrio entre o uso, o respeito e a devolução à natureza dos recursos usados para nosso desenvolvimento já chegou faz tempo. O desenvolver e o crescer caminham lado a lado com uma visão mais sustentável de tudo o que fazemos. Respeitar a natureza, nos responsabilizarmos por ela e por nossos atos é algo que deve estar no DNA do sujeito pensante e agente de transformação do ambiente que o cerca e da sociedade. Precisamos nos tornar, urgentemente, mais Moanas e menos Mauis. Assumirmos nosso papel em busca do respeito à natureza e de meios sustentáveis de vivermos em equilíbrio. Não precisamos deixar de ser entusiastas do saber e exploradores em busca do desenvolvimento. Precisamos, assim como Moana e seu povo, aprender a interpretar os sinais que a natureza da nos emite e respeitá-los. Afinal, somos natureza. Como não respeitar nossa mãe? Como não ouvi-la? Como não entender que ela nos sustenta e nós devemos sustentá-la? Uma relação que deve ser de respeito, amor e vida. Até onde você irá por ela?
Atenção! Bônus pra família!
Se você puder, convide seu filho para assistir ao filme Moana e bater um papo sobre respeito à natureza. Separamos algumas cenas que valem a pena rever rapidinho. Elas estão em inglês e em português.
Moana deixa Te Ka ir até ela.
Moana devolve o coração e descobre que Te Ka é Te Fiti
Moana e seu povo partem em busca de novos mundos, respeitando os sinais da natureza.
Música tema do filme: How far I’ll go e em português traduzido para “saber quem sou”. Afinal, quando sabemos quem somos, podemos ir longe.